_ Estou preocupado
com você!
_ Por que?
_ Porque você continua
estranha...
_ Ser ou estar ou
continuar estranha... é tão preocupante assim?
_ Muitas vezes é...
_ Não se preocupe!
_
Como você está?
_
Não estou...
_
Como assim não está?
_
Assim mesmo, não estou
_
Assim como?
_
Sem “comos”, nem “assins”, sem “estar”...
_
Hum... (pausa). Você está triste?
_
Não!
_
Está com algum problema?
_
Não!
_
Me conta algo bom então...
_
Por que quer que eu te conte algo bom?
_
Oras por que? Porque quero saber de você
_ E
o que quer saber de mim?
_
Quero saber como você está. Está estranha...
_
Então já sabe como estou
_
Como?
_
É, disse que estou estranha
_ E
por que está assim?
_
Assim como? Estranha?
_
É...
_
Será que é por que “chove lá fora e aqui faz tanto frio”?
_
É?
_
Não
_
Então por que é?
_
Será que tudo tem um por que?
_
Não tem?
_
Achava que tinha...
_ E
não acha mais?
( Silêncio...)
_
Você ainda não me respondeu...
_ O
que?
_ O
que o que?
_ O
que não te respondi?
_
Porque mudou de idéia
_
Mudei?
_
Ai, ai... hoje ta difícil... Deixa pra lá!
_
Deixo!
(Silêncio...)
_ Chove por aí ainda?
_ Sim
_ E faz tanto frio?
_ Não!
(Silêncio...)
_ Tarde demais!
_ Estamos assim
então: eu: estranha! Você: preocupado! E lá fora continua chovendo...
_ Putz! Pára com
isso, e me diz logo o que você tem
_ Aí que está, não
tenho nada... nem rosas, nem abismos, nem pétalas, nem espinhos... Nothing!
_ Hum... Então tá! Se
prefere não falar, não vou insistir. Como queira!!
_ Não quero nada!
_ Caraca! O que você
quer que eu te fale?
_ Nada!
_ Você está querendo
me perguntar algo?
_ Não!
_ Milagre! Você tem
sempre alguma pergunta (risos)
_ É, tenho sempre...
mas ultimamente ando sem me importar com as respostas... Esgotaram-se as
perguntas!
_ Essa não é você. Ta
doente? (risos)
_ Talvez... mas, já
não dói...
_ Sabe de uma coisa?
_ Nada! Não sei de
nada!
_ Desisto! To indo!
_ Como quiser!
_ Só queria
entender...
_ Eu também já quis
um dia...
_ E quando foi?
_ Quando ainda havia
perguntas...